Blog com o objetivo de conectar alunos e professores para debater questões, experimentos e assuntos ligados aos estudos de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.
Hoje falaremos da nossa turminha do quarto ano e suas experiências com os sistemas do corpo humano. Hoje é o dia de falarmos sobre os rins e seu importante papel de filtro do nosso sangue.
Para começar, fizemos uma recapitulação dos sistemas vistos anteriormente: digestivo, circulatório e respiratório e como estão interligados entre si e também o papel dos rins para o funcionamento de todo o organismo.
Ao falarmos do sistema respiratório, lembramos de seu papel nas trocas gasosas de O2 e CO2 no sangue. Falamos, em seguida, do próprio sangue e de sua tarefa de captar os nutrientes do intestino delgado e aí começamos a falar do rim e de sua função na filtragem do sangue. Afinal, nem tudo é aproveitado no processo de nutrição e o material que sobra é levado ao rim, para filtragem.
Para embasar nosso trabalho usamos o documento da Academia Brasileira de Ciências (ABC), produzido pelo projeto Mão na Massa, um grupo de estudos da ABC que propõe o ensino a partir da perspectiva investigativa e não meramente expositiva. Já falamos do site da ABC aqui.
Imaginem o quanto gostamos desse pessoal da Academia? ❤
Resolvemos postar o texto da ABC para que os amigos professores que consultam nosso blog possam conhecer o nosso ponto de partida.
Hoje falaremos do projeto mascotes desenvolvido com a turma do quarto ano. Como vocês sabem, nossa turminha ficou encarregada do minhocário. Vocês sabem também que o conteúdo do quarto ano está concentrado no estudo do corpo humano e seus sistemas. Já apresentamos algumas das sequências didáticas desenvolvidas aqui e aqui. Com tanto conteúdo já trabalhado, nossa turma queria saber mais. Todos queriam ver, e na prática, como funciona um organismo. Decidimos que faríamos uma DISSECAÇÃO!
Mas o que é isso, professoras!?!
Dissecar significa examinar em detalhes, fazer a analise minuciosa, de acordo com o Dicionário Houaiss.
Ah tá, mas por que fazer uma dissecação pode ajudar alunos dos anos iniciais do ensino fundamental? Isso não é coisa de cientista? Vocês não acham que estão exagerando?
CLARO QUE…NÃO! Continua nesse post que a gente vai explicar tudo direitinho! 😉
Com uma atividade como essa, esperávamos estimular nossos alunos a participar da aula de Ciências com outra postura, não queríamos espectadores, queríamos investigadores e, sim, jovens com atitude científica. Não cansamos de reafirmar nosso objetivo de propor aos alunos atividades desafiadoras, colocá-los diante de situações que suscitem curiosidade e (por que não?) prazer em aprender!
Mas, antes de falarmos da experiência em si, deixamos aqui nosso agradecimento ao apoio fundamental da Professora e bióloga Lúcia Caldas, que também faz parte da equipe da Escola de Educação Integral Professor Zeferino Vaz. Ela tem sido parceira constante de nosso trabalho, orientando e dando informações mais precisas para que os trabalhos sejam conduzidos da melhor maneira possível por aqui. Agora, chega de conversa. Vamos falar da nossa estrela do dia, o minhocoçu.
Trabalhamos o Sistema Digestório, Respiratório e Circulatório com as turmas dos 4º anos, fizemos muitas experiências e usamos as minhocas como apoio em nossas aulas. Mas queríamos algo mais impactante, ver realmente como é, poder tocar, usar nossos sentidos. Pesquisando encontrei o Minhocuçu, que não deixa de ser uma minhoca gigante, e resolvemos após alguns estudos que iríamos dissecá-la para que tudo que aprendemos em sala fosse fixado de maneira mais “real, legal, mágica”, não sabemos nem qual palavra usar. 😀
Primeiro colocamos o minhocuçu no álcool para que ela fosse anestesiada, sua respiração é cutânea, por tanto, isso ajudaria no momento da experiência.
Quando iniciamos a dissecação as crianças foram percebendo que não dava para ver quase nada, pois esse anelídeo tem músculos que ajudam na sua locomoção.
Antes da dissecação, tivemos uma conversa inicial com os alunos e pedimos a atenção deles para algumas das informações que pesquisamos antes da aula e que fariam diferença para compreender melhor a experiência.
O corpo desses animais é dividido em pequenos anéis, tanto do lado de fora do corpo da minhoca, como em seu interior. Cada anel possui os seus próprios músculos. Assim, para se mover, a minhoca alonga uma parte do corpo e encurta outra, movimento sucessivo chamado de “alonga-encurta”.
E foi mais ou menos o que encontramos, resolvemos, então, que não abriríamos o intestino pq ao final já dava pra ver o húmus saindo, mas pudemos observar a faringe, papo, moela, vesículas seminais, os corações e o vasos sanguíneos.
A essa altura, os alunos já estavam encantados com a ideia da dissecação, mas antes de irmos para a prática, lemos este trecho da Revista Mundo Estranho
Elas possuem um complexo sistema circulatório e podem ter de dois a 15 pares de corações. Para que tantos?
É que elas precisam distribuir o sangue por todo o corpo e algumas espécies podem chegar a 3 metros de comprimento (!), como a gigante Megascolides australis, encontrada na Austrália.
O sistema circulatório das minhocas tem dois vasos sanguíneos principais que percorrem o corpo do animal no sentido do comprimento. Um desses vasos é a artéria ventral, por onde passa o sangue levando oxigênio aos órgãos. O outro é o vaso dorsal, que traz o sangue de volta. Ambos estão ligados a todos os pares de corações, que têm o formato de um arco. “São bolsas dilatadas e contráteis, que impulsionam a corrente sanguínea pelo corpo”, afirma o zootecnista Afrânio Augusto Guimarães, dono de uma empresa especializada na criação de minhocas. Mas se, por um lado, elas têm um monte de corações, por outro, não possuem pulmão! O órgão não faz falta, pois a respiração das minhocas é feita através da pele.
Com todas essas informações, já era possível começar, e lá fomos nós!! \o/
Estávamos prontos! Era só começar!!
E não é que os alunos foram reconhecendo todas as estruturas que vimos no material didático que apresentamos!! Isso nos deixa tão felizes! ❤
Na foto acima, você pode ver que rompemos a musculatura para que as estruturas internas pudessem ser vistas.
Pouco a pouco, os alunos iam se encantando com a experiência:
E o minhocoçu revelou os seus segredos:
E pedido dos meninos, para nós, é uma ordem!
A princípio, achamos que os alunos não gostariam ou que alguns ficariam com nojo ou impressionados demais, mas não. O resultado foi empolgação e e felicidade ao fim da aula.
Após a dissecação, as crianças acharam curioso a minhoca dividir a função do coração em 2 órgãos, e lembraram que o ser humano tem 1 só para tudo.
E como terminamos nosso experimento? Maravilhados com novas oportunidades de aprendizagem e cheios de ideias na cabeça. Aguardem! A gente ainda vai aprontar MUITO!
Deixe nos comentários suas sugestões e ideias para futuras experiências!
Estamos muito felizes por aqui com o post de hoje. Sabem por quê? É dia de revisitar nossa primeira experiência. Trabalhamos com nossas turmas do quinto ano a ação dos fungos na decomposição dos alimentos. Não tá lembrando?! Então, olha aqui!
Depois de todo esse tempo sob a ação dos fungos, vocês podem imaginar que a aparência dos pães não era das melhores…rsrsrsrs. Os alunos também perceberam e a atividade rendeu muita conversa, hipóteses e considerações sobre o que está acontecendo. Vejam só:
As observações foram de todos os tipos. Sem fazer questionamentos no início da aula para não direcionar a análise dos alunos, deixei que os saquinhos de pão passassem de mão em mão.
Nossa, que cheiro forte!
Tem cheiro de leite estragado.
É, parece o cheiro do queijo quando estraga.
Com esse aspecto, deu pra sentir o cheiro aí, do outro lado da telinha, né? 😀
Bem, era hora de intervir, lembrei a turma de que temos fungos e bactérias que podemos usar para o nosso bem, e principalmente em nossa alimentação. Afinal, o mesmo pão que vemos ser decomposto aqui, só pode ser preparado com a ação do fermento, isto é, dos fungos. Para acompanhar o pãozinho do nosso café da manhã, mais um pouco da “parceria” entre homens e fungos: nosso queijo e nosso iogurte só existem com a ação desses amigos invisíveis. Palmas para os fungos! \o/
Outro aluno interrompeu:
Professora, o cheiro de leite estragado pode ser isso!
Os alunos entenderam que, além da ajudar na produção dos nossos alimentos, os fungos e o odor liberado durante o processo de decomposição também podem ser nossos “amigos”, alertando nosso sistema de defesa e nos impedindo de consumir alimentos estragados. Eu ouvi mais palmas para os fungos? 😀
Perguntei, então, da aparência. Imagine a primeira coisa que todos notaram:
Está quase líquido!
Está mole!
O que mais eles poderiam me dizer sobre a experiência?
Houve diminuição do tamanho dos Pães.
Tem várias cores!
Perguntei o porquê de várias cores e lá veio mais uma hipótese:
Devem ser vários tipos de fungos.
Será? Também fiquei a dúvida! Vamos ter que pesquisar!
Após todas essas observações, perguntei o que vai acontecer se deixarmos até o fim do ano:
Vai sumir, virar um fungo só!
Se tivesse ao ar livre já teria sumido, pois a terra já teria absorvido.
Como todos ficaram curiosos….Resolvemos que os pães ficarão no armário mais um pouquinho, e continuaremos nossas observações.
Até que ponto nossos agentes decompositores chegarão com seu trabalho?
Certamente, não são as imagens mais bonitas que mostramos aqui…rsrs! Mas vai dizer que você também não está curioso para saber o que nos aguarda na próxima observação?! Continue acompanhando essa e as outras experiências que estamos atualizando por aqui. Deixe suas dúvidas e sugestões nos comentários. Inscreva-se em nosso canal no YouTube e divulgue o blog em suas redes sociais!
No post de hoje, falaremos das aulas das nossas turminhas do quarto ano. O conteúdo está centrado no funcionamento do corpo humano e seus sistemas. Para quem não lembra ou não acompanhou, já mostramos algumas das atividades que fizemos com eles aqui e aqui.
Começamos a aula com uma breve revisão sobre os sistemas digestório e circulatório. Para seguir com a sequência didática que montamos, partimos para um levantamento de hipóteses sobre a nossa respiração. Nossas rodas de conversa, sempre muito animadas, começaram com aquele “agito” que a gente conhece. Todos querendo falar, ao mesmo tempo, o que sabiam. E não é que a meninada já sabia de várias coisas? 😉 Vem ver!
Os alunos sabiam que o órgão inicial do sistema era o nariz e que o mais importante era o pulmão!
Mas não conheciam ainda a importância dos pelos do nariz e nem a função dos alvéolos pulmonares e diafragma. E foi daí que partimos. Além de observarmos o quanto é importante o sistema respiratório, falamos de algumas curiosidades sobre essa parte do nosso corpo. Perguntando a importância dos pelos do nariz, por exemplo, chegamos ao espirro!
E tudo funciona mais ou menos assim: quando pedacinhos de sujeira fazem nosso nariz coçar, o corpo respira fundo e fecha as cordas vocais. Quando elas se abrem de novo, o ar sai de lá a uma velocidade de até 160 quilômetros por hora! Isso é o que chamamos de espirro. Imaginem a carinha de espanto dos alunos! 😀
Mas para que tudo isso corra bem, a Inspiração, Expiração, o Espirro e etc., necessitamos do Diafragma, que é uma grande camada de músculos que fica bem abaixo dos pulmões e tem papel importante na inspiração e expiração.
Bom, a ideia já estava mais clara para os alunos, todos tinham percebido a importância do sistema respiratório e de sua ligação com os demais sistemas do corpo humano. Também colocamos, em nosso canal no YouTube, vídeos que davam mais explicações sobre tudo que vimos.
Nosso plano de aula previa ainda um trabalho em sala sobre os movimentos de Inspiração e Expiração. Em duplas, os alunos puderam sentir o movimento do corpo e do diafragma para que o processo da respiração aconteça:
Mas como, por aqui, nós gostamos mesmo é de “mão na massa”, claro que tratamos de propor uma atividade prática! Bastou dizer: “Vamos fazer um pulmão?” pra euforia (e a gritaria) tomar contada sala!! rsrs
Veja o material que utilizamos. Você vai precisar de:
Uma garrafa plástica pequena, que será recortada
Tesoura
Uma bexiga para ficar dentro da garrafa, simulando o pulmão
Uma bexiga na parte externa da garrafa, simulando o diafragma
Agora, montado:
Na foto acima, dá pra ver como fica o nosso sistema, com o diafragma fazendo os movimentos que permitem inspirar e expirar.
Chegamos ao final desta atividade, com os alunos muito contentes. Todos, partindo do que já sabiam, puderam entender facilmente o funcionamento do sistema. Missão cumprida por hoje! Quem aí já quer saber qual é a próxima? o/
Ficou com alguma dúvida? Quer sugerir alguma experiência ligada ao sistema respiratório? Fez algo parecido na sua escola? Fale com a gente aí nos comentários!
Vem que a gente te conta tudo que aconteceu por aqui 😉
Primeira missão: “arrumar a casa”.
Resolvemos que era o momento de dar uma limpadinha nas caixas e ver se havia alguma pupa enterrada embaixo da mistura de ração de pintinho, farelo de trigo e aveia.
Pensa num agito? Era a nossa sala tentando limpar e trocar os suprimentos dos tenébrios. A vontade de todos de participar era imensa. \o/
Após a sala observar as mudanças das fases dos nossos mascotes, perceberam que eles podem ser carnívoros também. Sim, tínhamos 20 tenébrios no começo e a turminha percebeu que faltam alguns, chegaram à conclusão que os maiores devem ter comido os menores.
E lá fomos nós, munidos de todo o material necessário para limpar as caixas, era tenébrio que fugia, era besouro que passava de mão em mão, mas no fim deu tudo certo.
Ainda estamos resolvendo se iremos fazer uma criação ou sortear os
besourinhos entre a sala. O que você acha que a gente deveria fazer com esses jovens amiguinhos?
Após mostrar a pupa para os alunos, cada um falou de suas impressões
Pedro Augusto argumentou:
– Olha! Que legal! Parece uma formiga.
Depois, ele mesmo disse que parecia um passarinho. Pois, assim como os pássaros precisavam de tempo para chocar o ovo, os tenébrios precisavam de tempo para desenvolver de pupa para besouro.
O João Felipe viu que enquanto a pupa trocava, o tenébrio estava com o corpo úmido.
A Lara disse que a pupa lembra um camarão!
Ah! Houve também quem dissesse que as pupas parecem pokémon. 😀
Vamos confessar? Foi uma loucura! 😂
Terminamos exaustos, mas… tão felizes!! 😄
Incrível, não é? O mais especial para nós é verificar que os alunos não perderam o interesse pelos mascotes. Tínhamos certa preocupação de que isso fosse acontecer. Mas, como dissemos em outras ocasiões, quando propostas interessantes são entregues, os alunos respondem com entusiasmo e isso nos mostra que, se não acertamos tudo, estamos, pelo menos, no caminho certo. ❤
Deixe suas dúvidas e sugestões nos comentários. Divulgue o blog e o canal entre seus amigos e familiares. Vamos todos pensar Ciências!
Hoje estamos fazendo um post diferente. Não teremos novidades dos nossos projetos com os alunos, mas vamos falar de fontes que usamos para estudar e apoiar nosso preparo de aulas. Além disso, também recomendamos alguns desses sites para que os alunos pesquisem, em casa, com os familiares, os tópicos que tratamos em sala. Assim, cumprimos com alguns de nossos objetivos, ver todo mundo pensando Ciências , trocando ideias e informações por aí. 😍
Quer saber mais? Olha a lista na que separamos pra vocês.
Além da possibilidade de uma visita virtual ao planetário, nesse site, a Fundação Planetário da cidade do Rio de Janeiro, traz uma série de informações importantes sobre o Universo e uma diversidade de experimentos. O site é ótimo e vamos utilizá-lo para trabalhar com os alunos sobre o sistema solar! ❤
O programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”, da Academia Brasileira de Ciências, tem como principal finalidade o ensino de Ciências baseado na articulação entre pesquisa científica e desenvolvimento da expressão oral e escrita. A Academia, que completa 100 anos em 2016, disponibiliza na página do programa materiais de apoio ao professor, incluindo livros, sugestões de atividades, entre outros.
Este é o o site do projeto educativo da Ciência Viva, da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. O site disponibiliza materiais nos quais destaca que a casa e a cozinha são dois excelentes laboratórios para alfabetização científica. Há vários materiais de apoio disponibilizados gratuitamente.
Gostaram? Conhecem outros? Deixe suas dicas nos comentários pra gente saber quais sites, páginas e blogs que vocês mais gostam. Podemos fazer outros posts só com as sugestões de vocês. O que acham?
Oi, pessoal! Hoje queremos dividir com vocês uma novidade especial!
Lembra que falamos aqui sobre o Programa Município VerdeAzul, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo? Pois é, chegou a hora de explicar um pouquinho como esse programa funciona e como vamos fazer parte dele.
As ações do PMVA são todas orientadas pelas Dez Diretrizes norteadoras a partir dos seguintes temas estratégicos: Esgoto Tratado, Resíduos Sólidos, Biodiversidade, Arborização Urbana, Cidade Sustentável, Gestão das Águas, Qualidade do Ar, Estrutura Ambiental, Conselho Ambiental e Educação Ambiental. E é aí que o nosso projeto para o ensino de Ciências entra, receberemos o apoio e divulgação do PMVA! \o/
As ações que desenvolvemos com os alunos e que vocês acompanham aqui no blog partiram de um projeto que teve início lá em 2014, quando eu (Janaína) fui participar de uma formação de professores nos cursos de extensão da Unicamp. Nesse curso, tive a oportunidade de aprofundar muitos conhecimentos da graduação, conciliar com vivências minhas em sala de aula, rever e questionar práticas. Foi um momento muito rico, fiz novas amizades, comecei a ter ideias e cá estamos hoje, colocando essas ideias em prática. Vejam algumas das informações do curso Educação Ambiental, Escola e Sociedade.
Após o primeiro módulo, formamos grupos e fomos desafiados a elaborar um trabalho de Educação Ambiental, que fosse pensado para demonstrar todo o conhecimento que adquirimos e, além disso, também fomos convidados a participar do ENFOCO.
Participando do evento, resolvi inscrever o projeto no PMVA e ele foi aprovado. Agora, aguardamos as etapas seguintes. Logo, logo, nosso trabalho, assim como o blog, será divulgado pelo PMVA e teremos mais chance de fazermos o que queríamos desde o início: levar mais gente a pensar Ciências. E manteremos o blog atualizado assim que tivermos mais novidades e ações do programa.
Deixe suas dúvidas e comentários. Estamos aguardando!
E aí, pessoal? Pensando e criando Ciências? Esperamos que sim!
Por aqui, além do Projeto Mascotes, tivemos outras ideias dentro daquela nossa perspectiva de valorizar a vida. Não cansamos de reafirmar em nosso trabalho cotidiano que não há vida mais ou menos merecedora de respeito e de cuidados. Muitas pessoas passam, despercebidas, por árvores centenárias, flores em calçadas e outros pequenos animais que nos cercam sem se darem conta do que tudo isso representa. Queremos nossos alunos como observadores e amantes da vida, em todas as suas formas. Quem conhece, ama e quem ama, cuida. Esse é um princípio para nós. 😊
Mas…como levar os alunos a pensar no meio ambiente como um todo, não só aquele pedaço de bosque que existe na cidade, mas sim em tudo que os cerca?
Assim surgiu o “Plantas do CAIC”, projeto que visa levar as crianças a experimentar, sentir o meio ambiente. A proposta é usarmos nossos 5 sentidos para tal experiência. Os alunos foram convidados a passarem a mão em casca de arvores, sentirem texturas e cheiros de algumas plantas, observarem cores e também os sons do mundo que nos rodeia.
Decidimos fazer um inventário das espécies vegetais da escola. No melhor estilo de “caçadores de tesouros”, vamos andar pela escola, colhendo amostras, estudá-las, identificá-las e organizar todo esse material para produzir um livro! Gostou? Então, vem ver o que estamos preparando pra esse projeto!
Pretendemos organizar o trabalho nas seguintes etapas:
1-) Elaboração dos conteúdos:
a-) definir o eixo do projeto
Usaremos o tema gerador “As plantas do CAIC” para trabalharmos práticas de escrita no gênero “texto informativo”.
2-) Organização das atividades:
a-) Etapas; Apresentação do Tema.
b-)Tipos de atividades; Leituras diversas, pesquisa no laboratório de informática e na biblioteca, desenhos, planilhas, agrupamentos, pesquisa de histórias da origem de cada planta, pesquisa de usos medicinais. (O projeto encontra-se em processo de construção, podendo ser modificado à medida que surjam questionamentos que requeiram maior atenção).
c-) Formas de organização dos alunos; trabalharemos em grupos e com ciclos diferentes, para que a troca de saberes entre pares seja muito mais rica e a socialização da escola mais abrangente, gerando assim um maior conhecimento entre eles.
d-) Recursos didáticos; Livros didáticos e paradidáticos, laboratório de informática, biblioteca, laboratório de ciências, sala de artes, sala de aula, espaços abertos e arborizados da escola e o que mais surgir de necessidade durante o percurso.
3-) Avaliação:
Ocorrerá durante todo o processo, através de observação do interesse e participação dos alunos. E interesse é o que não falta por aqui! 😉
E como fazer isso tudo acontecer? Trabalhando com parcerias na escola! Convidamos o professor de Artes para nos ajudar nas gravuras e texturização de materiais, usamos a informática com o aplicativo pl@ntnet , para identificar cada planta. Contamos também com a ajuda das pedagogas que lecionam Português para organizar os textos científicos. Acreditamos na proposta de um trabalho transdisciplinar, de fato. A interligação de vários conteúdos e áreas do conhecimento nos levará ao nosso maior objetivo: o estudo do meio ambiente e de sua importância na vida do ser humano.
Nosso trabalho foi enviado para a seleção do Município VerdeAzul de 2016, e foi aceito! Não conhece esse programa? Então, aguarde! Logo falaremos dele por aqui!
Não se esqueça de deixar suas dúvidas e sugestões nos comentários. Sua contribuição vale muito! \o/
Vocês estão acompanhando o Projeto Mascotes, né? Então já sabem o quanto estamos empolgadas. Mas, no meio do caminho, acontecem coisas ainda mais incríveis, que provam, diariamente, que fazer/pensar Ciências é muito importante. E o que vamos falar hoje é de um desses desdobramentos inesperados que acontecem em um trabalho pedagógico e que nos emocionam.
Como vocês já sabem, desenvolvemos nossas práticas em uma escola de educação integral de ensino fundamental. São 5 salas dos anos iniciais, sendo um 3º ano, dois 4º anos e dois 5ºanos, e como não poderia ser diferente, temos várias crianças com características especificas, das mais leves as mais severas. Aí vem a questão: “como desenvolver os conteúdos de Ciências da maneira que propomos para o projeto”? Com experiências, ludicidade e práticas como as que vocês têm acompanhado aqui?
Foi quando nos demos conta que a solução do projeto era o próprio projeto!!! \o/
O Projeto Mascotes vem ao encontro de todos os questionamentos, pois além de ajudar com os conteúdos os mascotes estimulam a afetividade e o sistema locomotor, sim sistema locomotor, querem levantar e vir correndo tocar os pequenos seres. Estudos mostram que a convivência diária com animais constrói crianças mais calmas e que fazem amizades com maior facilidade. E é um desses casos de aumento da sociabilidade particularmente expressivo que queremos destacar. Notamos algo de muito importante acontecendo com uma das alunas e consultamos a Silvana, professora de Educação Especial da escola. Pedimos detalhes do caso de uma aluna. Veja o que ela disse:
A aluna tem dez anos e tem diagnóstico de deficiência múltipla (deficiência intelectual e física) decorrente da síndrome Agenesia do Corpo Caloso. É uma criança que apresenta dificuldades em manter a atenção nas atividades que são propostas em sala de aula. Necessita de adaptação curricular por não estar alfabetizada e apoio constante e permanente do professor para realizar as atividades. Nota-se que atividades como a do mascote desenvolvida nas aulas de Ciências são de grande importância por envolver a turma toda despertando a curiosidade para a aprendizagem de novos conceitos de todos os alunos, principalmente de uma aluna com deficiência que teve a oportunidade de ter contato direto com o animal e fazer parte da aula, aprendendo e interagindo com a turma.
É o que notamos em sala. Há um maior comprometimento desses alunos, sempre querem saber como estão nossos mascotes e a integração com a sala aumentou muito. Antes, alguns dos alunos com necessidades especiais que ficavam isolados e que não gostavam de participar, agora se oferecem ou até mesmo são os que tem mais comprometimento. Apontam para os viveiros, ansiosos, esperando para ver e cuidar dos mascotes. Percebi também um maior comprometimento das classes
em relação a esses colegas, sempre tem alguém ajudando ou dando lugar para que possam participar mais efetivamente.
O post ficou longo, mas o que queremos passar é que não há motivo para não tentar atividades diferentes, qualquer que seja o contexto. Muitas vezes, ficamos intimidados, achando que não seremos capazes de tocar atividades com alunos com necessidades especiais. Nosso pedido para você, professor, é que tente, crie e execute práticas diferenciadas. Divida conosco, nos comentários, suas ideias e experiências. Vamos aprender juntos!
Para terminar, o mais especial dos motivos para seguir Pensando Ciências! ❤
Blog com o objetivo de conectar alunos e professores para debater questões, experimentos e assuntos ligados aos estudos de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.