Blog com o objetivo de conectar alunos e professores para debater questões, experimentos e assuntos ligados aos estudos de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.
Por aqui as coisas apertaram um pouco… vem ver o porquê.
Estamos estudando a temperatura e todas as outras concepções que ela abrange no projeto Gentileza gera Conhecimento Científico e surgiu a ideia de construir um ar condicionado de garrafas pet, igual esse que vimos no site Mundo Conectado.
O ventilador era a parte mais fácil, temos 2 em sala de aula, as garrafas, pedi para os alunos e o gelo comprei na padaria. E lá fomos nós.
A temperatura medida por volta das 8:00 h, com a professora Natali, estava marcada na lousa assim:
Temperatura: 24ºC
Sensação Térmica: 24ºC
Umidade do ar: 76%
Fiz uma nova marcação, para verificar a situação no meio da tarde.
Temperatura dentro da sala: 37ºC, às 15h26.
E com ajuda de alguns alunos começamos a montar o nosso ar.
Fechamos as janelas e… Quase cozinhamos.
Combinamos de verificar a temperatura de 10 em 10 min., a criançada ficou toda na expectativa.
Temperatura às 15h36…. 37ºC!!!!
\o/
O que aconteceu?
Para nossa surpresa, o tempo foi passando e N-A-D-A acontecia, a temperatura da sala não baixava, mas sentíamos uma brisa mais fresca.
COMO ASSIM?
Até que alguém soltou um “ahhhh…”
Nós todos, atentos aos acontecimentos, logo “atacamos” o colega com várias perguntas, foi aí que veio nossa resposta para o que estava acontecendo. E não é que o aluno explicou direitinho?
A temperatura real da sala não mudava, o que estava mudando era a umidade relativa do ar, com o vapor d’água aumentando através das garrafas cheias de gelo e com o ventilador fazendo o papel de vento natural, nossa umidade aumentou resfriando a sala sem baixar a temperatura.
E foi assim que um experimento virou outro, sem querer. Nossos alunos compreenderam a ideia de sensação térmica e a importância da umidade do ar para o nosso bem estar.
É, pensadores de Ciências… Errar muitas vezes ajuda!
E você? Já viu alguma experiência em sala de aula não dar o resultado esperado? Que tal contar sua experiência aí nos comentários?
Hoje é dia de falarmos sobre uma pequena experiência que fizemos com nossos alunos dos anos iniciais. E o tema da aula não poderia ser melhor: alimentação!
Nossas turminhas do quarto ano já aprenderam sobre vitaminas e sais minerais, alimentos reguladores, construtores e energéticos e você também pode estudar um pouco mais deste assunto, clicando aqui. Mas tudo isso foi visto in natura, faltava uma grande descoberta: os alimentos industrializados.
Expliquei a eles sobre alguns alimentos que estão presentes em nosso dia a dia, como o açúcar e levei o açúcar mascavo para que experimentassem e percebessem o gosto mais forte, parecido com o caldo de cana.
Mas precisávamos saber das embalagens, conservantes e tudo mais que os rótulos pudessem nos mostrar.
E partimos para uma atividade de LEITURA DE RÓTULO, onde os alunos precisariam observar…
Nome do produto;
Lista de ingredientes que compõem o produto;
Quantidade que o produto apresenta de cada um dos ingredientes;
Prazo de validade e data de fabricação;
Identificação de origem;
Tabela nutricional.
E foram muitas descobertas, desde quantidades excessivas de açúcares e sódio, até o uso de conservantes e falta de informações nas embalagens. Para vocês terem uma ideia, nenhuma embalagem analisada apresentava data de fabricação. Vamos melhorar isso aí, indústria de alimentos? Vamos ficar de olho!
Havia uma embalagem que nos deixou muitíssimos preocupados, nos ingredientes aparecia uma frase que dizia que o produto recebia radiação. Imagina a tensão na sala de aula, afinal quem não come um macarrão instantâneo… Radioativo?! E agora?!?!?!
Outros termos apareceram, como uso de produtos transgênicos. E aí, foi aquela confusão! Todo mundo querendo perguntar ao mesmo tempo. Depois do caos instalado da sessão de perguntas …. Decidimos os próximos dois itens sobre os quais teremos que pesquisar:
* O que é produto transgênico?
* Por que usar radiação no macarrão?
Nossas cabeças estão fervendo e a de vocês?
Sabe mais alguma coisa sobre alimentos industrializados? Tem dúvida sobre algo que dissemos aqui? Deixe suas impressões nos comentários. Venha nos ajudar nas próximas etapas dessa pesquisa!
Já mostramos aqui um de nossos projetos sobre Temperatura, desenvolvido com as turmas do quarto ano do ensino fundamental e tudo o que pensamos pra ele em termos de interdiciplinariedade. Mas o que será que significa esse palavrão??
Interdisciplinariedade é um adjetivo que qualifica o que é comum a duas ou mais disciplinas ou outros ramos do conhecimento. É o processo de ligação entre as disciplinas.
Um planejamento interdisciplinar, na área pedagógica, é quando duas ou mais disciplinas relacionam seus conteúdos para aprofundar o conhecimento e tornar o ensino dinâmico. A relação entre os conteúdos disciplinares é a base para um ensino mais interessante, em que uma matéria auxilia a outra. Quer saber mais? É só conferir!
Palavrão explicado? Vamos lá. Nosso conteúdo de Ciências, nesse projeto, trabalha principalmente com Matemática. E para que isso aconteça temos uma nova parceira nessa jornada a Professora Natali Seleguim, também da rede de ensino municipal de Campinas. olha ela aí:
A professora Natali e eu temos anotado a temperatura do dia usando uma legenda criada por ela.
Após realizar as anotações no caderno as crianças marcam em seus calendários individuais e também é anotado no calendário de uso comum.
Para fevereiro o calendário ainda não estava dividido e as informações da temperatura do período contrário ao da professora Natali só ficavam anotadas no caderno.
Na próxima foto, já vemos a anotação dos alunos, dividindo o dia em 2 partes.
E agora o que fazemos com essas informações? Transformamos em gráficos, tabelas, e situações problema, enriquecendo o aprendizado com informações vindas de todos os lados.
Para ajudar no andamento do trabalho, colocamos um termômetro na sala.
As turminhas também puderam conhecer a Estação de Avaliação da Qualidade do Ar, que fica dentro de nossa escola e pertence a CETESB.
Descobrimos que dentro daquele espaço apertado existem máquinas para medir itens como: qualidade do ar, quantidade de chuva, umidade do ar, temperatura e muitas outras informações que despertaram muita curiosidade, como os índices UVA e UVB da luz solar… mas… isso já é uma outra história para outro dia.
Gostaram de conhecer um pouco mais deste projeto? Em breve, voltaremos com mais informações. Não se esqueça de deixar suas dúvidas e sugestões nos comentários.
Lembram-se da nossa última aventura? Visitamos a Ceasa Campinas e contamos a primeira parte dessa experiência bem aqui.
Hoje chegou o dia de contarmos o desfecho dessa saborosa visita. Vem ver como foi.
Como ninguém queria perder tempo, assim que seu Chiquinho terminou de explicar as atividades, fomos logo ver a área de frutas. Podemos dizer que vivemos momentos de arrepiar! 😀
Começamos nossa visita pela câmara fria que guarda as maçãs, frutas delicadas que exigem refrigeração até o momento da venda.
Viram que sufoco? O que não fazemos em nome do bloguismo científico-investigativo-educacional, não é mesmo? Ainda bem que ficamos muito pouco tempo por aqui! rsrsrs
Depois das maçãs, foi a vez de aprender sobre a banana. Essa, que é a fruta mais consumida no Brasil, também precisa de uma câmara climatizadora, com a adição do licopeno, um composto natural, responsável por dar pigmentação vermelha e amarela às frutas. O processo é aplicado à banana para que atinja o ponto certo de comercialização. A câmara tem um painel de controle que permite saber quando se pode interromper o processo.
E tudo isso, vem explicado num quadro para os comerciantes.
A partir daí, foi só diversão e conhecimento. A cada banca, uma surpresa. Uma nova cor e um novo aroma encantavam nossos sentidos.
E para terminar a visita, seu Chiquinho organizou, juntamente com um grupo de comerciantes, uma mesa com frutas e suco de uva para a degustação! ❤
Precisamos dizer que foi sucesso total com a criançada? Acreditamos que não! rsrsrsrs
… a mesa! Bom apetite!
Voltando para a escola, a criançada fez questão de registrar a memória e as experiências marcantes desse dia. Veja só o que a nossa turminha disse
“Ceasa é um lugar que eles separam as frutas que podem ser consumidas das estragadas. Aí, eles mandam pro ISA e eles entregam para famílias que precisam”
“Foi muito legal estar com seu Chiquinho, ele nos levou para fazer degustação (…) ele nos levou na câmara fria e depois voltamos para escola”
“Bem, nem sei por onde começar, porque achei tudo muito legal. O Chiquinho nos mostrou muitas frutas, algumas eu nem sabia que existia e eu não parava de pensar em uma coisa que o Chiquinho tinha falado, a “degustação”, todo mundo estava falando sobre isso. Comemos algumas frutas, tomamos um suco muito bom e fomos embora”
É… a degustação foi sucesso mesmo! rsrsrsrs
E assim foi nosso dia de aprendizado, de diversão, de cores, sabores, aromas. Amizade, trabalho e cooperação. Essa é a verdadeira receita da felicidade.
Quer saber mais sobre a Ceasa? Agendar uma visita para sua escola? Ou só experimentar todas essas frutas deliciosas? Você vai gostar, com certeza. Para mais informações, acesse o site.
Deixe suas dúvidas nos comentários. Teremos prazer em responder!
Já estavam com saudade da nossa tag Pensando Ciências Visita? Nós também. \o/
Se você ainda não acompanhava o blog no ano passado, passa aqui,aqui e aqui pra ver um pouco do que já aprontamos fizemos por aí.
Se você já nos seguia, sabe que, para nós, o Estudo do Meio é coisa séria. É “a aula fora da sala de aula”, como sempre dizemos aos alunos, e desta vez não foi diferente. Nossa visita à Ceasa Campinas teve como objetivo mostrar aos alunos dos anos iniciais as verduras, os legumes e frutas (algumas pouco conhecidas) e incentivar a alimentação saudável. A atividade está diretamente ligada ao conteúdo previsto.
Para o quarto ano, programamos iniciar o ano letivo com os seguintes conteúdos:
Relação entre alimentação e defesas naturais do corpo.
Importância da correta manipulação, preparação e conservação de alimentos.
E para alcançar nossos objetivos, que são a compreensão do valor dos alimentos como fonte de energia e nutrição para o desenvolvimento e manutenção de um corpo saudável, discutindo a alimentação como um dos direitos humanos, é que resolvemos fazer essa aula diferente.
Acontece que essa visita foi tão bacana que tivemos que dividir o post em duas partes. Nos próximos dias, você verá a segunda etapa dessa grande experiência.
Por enquanto, vem saborear o post com a gente!
Assim que chegamos, fomos recebidos pelo Sr. Francisco. O nosso amigo “Chiquinho” é só atenção e cuidado com as crianças.
Visitamos a área dos legumes e as surpresas não paravam.
E foi aí que a nossa visita “esquentou”, Conhecemos a pimenta mais ardida do mundo. Com direito a recorde mundial no Guiness Book!
Ainda no tema “ardência”, mas beeeem mais leve, vimos o gengibre:
E mais uma especiaria que, normalmente, só vemos em pó: o açafrão.
Depois disso, visitamos uma outra área da Ceasa. O ISA, que é a entidade responsável por fazer a distribuição de área de alimentos que seriam descartados por não apresentarem condições de comercialização (tamanho ou cor inapropriados). Os alimentos são higienizados e entregues a creches, asilos e entidades assistenciais diversas. Um exemplo de combate ao desperdício de alimentos, que atinge níveis alarmantes no Brasil e no mundo.
Aí, que entre um aprendizado e outro, a gente se pega pensando que…
Gostaram da nossa visita? Conhecem lugares em sua cidade que também doam alimentos para entidades assistenciais? Dividam sua experiência conosco nos comentários.
No próximo post, confiram tudo que aprontamos no setor das frutas e vejam que saímos de lá alimentados de saberes (e de sabores). Ficaram curiosos? Aguardem!
Já deu pra perceber que não estamos pra brincadeira neste 2017, né? Nossas turmas dos anos iniciais do ensino fundamental nos instigam e motivam a procurar, a cada dia, um desafio para tornar o ensino de Ciências mais interessante e dinâmico. Voltado, também, para a Educação Ambiental e a consciência de si e do mundo a nossa volta.
Você já viu aqui e aqui o lançamento de outros projetos que nortearão nosso trabalho nos próximos meses. E, hoje, vamos falar de um projeto que começou pequenininho e, de repente foi crescendo… como uma árvore… e parece que vai nos trazer grandes alegrias! ❤ Vem ver como foi:
Em 2016, queríamos encerrar o ano letivo plantando uma árvore para cada turma de 5º ano, para que eles acompanhassem o crescimento da “árvore da turma” até chegarem ao 9º ano quando o Ensino Fundamental se encerra. Queríamos que levassem com eles essa lembrança no coração.
Mas quem conhece escola sabe que é um espaço cheio de contratempos, contradições… enfim… as coisas não saíram como esperávamos… e nossa ideia? Bem, ela ficou guardadinha.
O ano de 2017 chegou e a ideia da árvore continuava lá. Descobrimos como conseguir as mudas sem custo! \o/
Com uma ideia na cabeça e uma árvore na mão… rsrsrs…. lá fomos nós pedir autorização para o plantio, e não é que recebemos uma proposta muito maior do que esperávamos? Ganhamos um pedaço de terra e tratamos de pensar em estratégias para envolver as crianças.
Bom, “ganhamos” a área na escola, mas esse presente estava mais pra desafio. Olha a área:
Notamos que era preciso fazer um estudo do solo antes de arriscar qualquer plantio. E o que a gente fez? Partiu pra ação!
Recebemos uma visita inesperada, acho que ele foi fiscalizar o projeto… rsrsrsrs!
O gambá é um mamífero marsupial que habita desde o sul dos Estados Unidos até a América do Sul. É um dos maiores marsupiais da família dos didelfídeos. Pertence ao gênero Didelphis. É onívoro. Seu principal predador é o gato-do-mato.
E se você quer saber mais detalhes, é só pesquisar aqui.
Voltando ao nosso foco…. foi necessário fazer uma pequena experimentação. Os alunos acharam a terra muito seca e dura, resolveram cavar para observar se em uma maior profundidade o solo estaria mais úmido.
E os alunos tomaram uma decisão: jogar um pouco d’água pra ver se ficava mais fácil cavar.
Foi ai que o desespero começou, era aluno gritando de um lado:
– Meu Deus, a água não penetra!!!!
E outros:
– Joga mais água!
Antes que virasse uma piscina de lama… convidamos a turma para sentar e escrever sua observações.
Batizamos nosso projeto de Alameda, pois a definição no dicionário informal dizia que é uma rua densamente povoada por árvores, especialmente de trânsito de pessoas, espaço de convivência, espécie de parque linear. É exatamente o que temos lá, sem as árvores ainda… estamos trabalhando.
Resolvemos apresentar as dificuldades encontradas e algumas sugestões para o nosso orientador pedagógico.
Depois de tudo isso, registramos, nos cadernos, as primeiras ideias e informações.
E agora, qual é nosso próximo passo? Acredito que precisaremos chamar os universitários. 😀
Tem muita coisa ainda para acontecer…
Gostou desse projeto? Deixe suas sugestões nos comentários? O que você sabe sobre plantio de árvores? Queremos compartilhar e espalhar conhecimento por aí! Gentileza gera Meio Ambiente!
Blog com o objetivo de conectar alunos e professores para debater questões, experimentos e assuntos ligados aos estudos de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.