Blog com o objetivo de conectar alunos e professores para debater questões, experimentos e assuntos ligados aos estudos de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.
E esse dezembro que não acaba, não é mesmo? Todo mundo querendo o fim do ano letivo…
Aqui as coisas não param, a gente pode até atrasar, mas não esquecemos de vocês!!
Viram o título? Hoje é dia de mais uma sequência didática sobre plantas! o/
Nosso post de hoje é o fim da sequência didática da Professora Flávia Wulf, que você já viu aqui e aqui. Na aula 6 a professora usou a história A princesa e o grão de ervilha, para trabalhar a origem dos alimentos.
Vamos transcrever aqui novamente o plano de aula da professora Flávia, detalhando a aula 6:
Aula 6
1) Ler com a turma a história: A princesa e o grão de ervilha. Pintar cada parágrafo de uma cor. Conversar sobre início e fim de parágrafo.
2) Perguntar-lhes o que é um “grão de ervilha”. O que é grão? Levar ervilhas cruas e uma lata em conserva para que conheçam e lhes perguntar qual a diferença entre elas, de onde elas vieram? Do mesmo lugar? Como nasce a ervilha?
Pedir aos alunos que desenhem hipóteses de como se nasce a ervilha.
3) Mostrar a apresentação sobre a ervilha, com as fotos. A cada foto reiterar a pergunta: Como nasce a ervilha?
4) Escrever coletivamente a conclusão do grupo sobre a origem da ervilha.
Podemos notar que, na primeira atividade, a professora explora os conteúdos de Língua Portuguesa, trabalhando com leitura, paragrafação e pontuação.
Já na segunda atividade, a professora propôs uma aula investigativa questionando os alunos sobre o que já sabiam do assunto, seus conhecimentos prévios e hipóteses.
E depois de conhecer de perto algumas possibilidades, os alunos construíram suas hipóteses.
Na terceira atividade a professora apresentou a vagem da ervilha e algumas imagens do vegetal.
Olha a reação da criançada ao descobrir como é a ervilha in natura.
E para encerrar essa grande sequência didática sobre plantas, a garotada escreveu um texto coletivo sobre o que descobriram e puderam, assim, colocar no papel, o conhecimento, agora científico, adquirido através das experimentações e observações.
Não é tudo de bom poder trabalhar assim?
Nós aqui adoramos quando a criançada sai do papel de espectador e se torna protagonista. Adoramos essa sequência e vocês? Escreva pra gente e nos conte o que achou.
É com muita alegria que a gente traz mais uma sequência didática sobre a vida das lagartas. Lembram que falamos aqui que íamos contar com a colaboração de vários colegas neste mês dos professores?Como sempre, o trabalho é voltado para o ensino de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental, mas nada impede uma adaptação aos alunos mais velhos. Temos mais um fruto da parceria das professoras da nossa escola. Ficamos encantadas com a possibilidade de uma ideia que chama outra e mais outra… Vem ver a continuidade desse trabalho.
A Professora Egmar, pedagoga de uma das turmas do terceiro ano da nossa escola, aproveitou a curiosidade das crianças, sempre questionadoras, e avançou com a turminha em alguns conteúdos de Língua Portuguesa, dando continuidade a interdisciplinaridade, já iniciada com as outras professoras.
Olha só que citação interessante a professora Egmar deixou para nós:
“Um projeto se define como uma situação em que as crianças realizam uma investigação em profundidade acerca de eventos ou fenômenos interessantes que encontram em seu ambiente.”
Vamos acompanhar o relato da professora Egmar sobre essa investigação em profundidade feita com as crianças.
Estudando a vida das lagartas
“Onde tudo começou…
A agitação tomou conta da tranquila assembleia realizada semanalmente, após o lanche do 3º ano D. Ecoava por todo ambiente as vozes e o alvoroço provocado pelas crianças por conta da “matança” das lagartas nos ambientes da escola.
-Pode ou não pode matar as lagartas Prô?
Procuramos através da dúvida sobre o desconhecido, estimular meios para investigação, inquietação e observação.
Segundo Dewey “Aprender o significado de uma coisa, de um acontecimento ou de uma situação em suas relações com outras coisas, notar como opera ouque consequências traz, qual é a sua causa de possíveis explicações”.
Com essas leituras em mente, partimos para a etapa de gerar situações de aprendizagens que foram problematizadas entre os alunos, criando condições investigativas sobre o ciclo de vida das lagartas e, consequentemente, das borboletas.
O princípio de desenvolvimento do projeto define-se na coleta de informações direcionado ao assunto de interesse. Deste modo, colhemos as expectativas dos alunos sobre o que realmente vamos investigar, ocasionando o gerenciamento da experiência elaborada. E a turminha foi falando….
-Lagarta não vira borboleta não, eca.
-Borboleta põe ovos?
-Pode matar sim as lagartas, não servem pra nada!
Entre muitas e muitas questões que foram surgindo, antes, durante e depois do projeto…
Desde o início, coloquei-me como mediadora e facilitadora das descobertas e observações, nada de desconsiderar o olhar da turma, caminhamos juntos durante todo o decorrer do processo de descobertas…
HORA DA LEITURA
A partir da contação de histórias e, dentre elas, citamos “A Primavera da Lagarta”, de Ruth Rocha, iniciaram-se várias experiências concretas das crianças com o objeto de estudo, sendo que as principais foram as narrativas, recontos (feitos pelas crianças), releituras e textos coletivos. Um exemplar da edição atual do livro circulou entre as crianças para leitura em casa, com a família, além de outros materiais enviados.
Nesse sentido, as propostas tiveram o intuito de que as crianças vivenciassem funcionalmente as linguagens em situações de expressão e comunicação. Segundo Cunha (2002, p.11):
(…) as crianças pequenas iniciam o conhecimento sobre o mundo através dos cinco sentidos (visão, tato, olfato, audição, gustação), do movimento, da curiosidade em relação ao que está em sua volta, da repetição, da imitação, da brincadeira e do jogo simbólico (…) esses são os fatores fundamentais para que ela se desenvolva plenamente.
Consideramos que estes momentos são importantes para que as crianças possam estruturar suas ideias e, ao mesmo tempo, transformar o projeto trabalhado, no caso o objeto de estudo, o ciclo de vida das lagartas e borboletas.
“Pensando em uma escola para crianças pequenas como um organismo vivo integral, como um local de vidas e relacionamentos compartilhados entre muitos adultos e muitas crianças.”
Loris Malaguzzi
MATERIAL EXTRA
E a professora Egmar ainda nos mandou um “bônus”. Vejam logo aí, na sequência, mais algumas indicações bibliográficas que ela usou como apoio para o projeto do terceiro ano.
BAPTISTA, Mônica Correia. A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância. Consulta Pública sobre Orientações Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, MEC, 2010. Disponível nesse link aqui.
Ah! Claro que q gente viu essa belezura de trabalho da professora Egmar e quis dar um pitaco aqui outro ali. Aí, separamos mais um livro que se pode trabalhar com as crianças sobre o tema:
E deixamos um exemplo, entre muitas outras atividades que encontramos no blog da “Alê Fazendo Arte“. Passa por lá e dá uma conferida, porque esse é o trabalho de mais uma Pedagoga e tem coisa boa demais!
E é isso, pessoal. Gostaram de saber mais um pouco sobre as lagartas e borboletas? Aguardem, pois teremos mais atividades propostas por outros professores. O mês tá acabando, mas a nossa vontade de pensar Ciências não acaba nunca! E lembre-se de que você também pode participar com dicas e sugestões aí nos comentários. Estamos te esperando.
Já nos recuperamos das fortes emoções do post passado e estamos prontas para os próximos!
O post de hoje é mais um daqueles que a gente ama fazer! É uma parceria com outras professoras da nossa escola. E como a gente é chegada num agito, neste mês dos professores, convidamos algumas colegas para contribuírem aqui no blog com aulas, atividades, sequências didáticas e tudo o mais que a imaginação permitir. Para nós é uma alegria imensa dividir todo esse aprendizado com os nossos leitores. E vamos começar falando dos trabalhos que nossas colegas têm desenvolvido em outras turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. Como vocês viram no título, as atividades de hoje são sobre as lagartas. Vamos entender como é o ciclo de vida de uma lagarta, seus hábitos e alimentação. E também vamos ver o que as professoras fizeram comparações com os hábitos alimentares do seres humanos. A gente tá muito curiosa e vocês? Vamos aprender um pouco mais juntos? Vem!
O plano descrito abaixo é de nossa colega de escola Viviane Aparecida Petenussi Carmona, que também é pedagoga e leciona o conteúdo de Ciências Biológicas para os alunos do 2º e 3º ano, do ciclo I. A sequência descrita foi realizada com as crianças dos 3º ano do ensino fundamental.
A Professora usou o livro, “The very hungry caterpillar”, escrito e ilustrado por Eric Carle. O livro é todo escrito em língua inglesa e o trabalho ocorreu a partir de uma iniciativa da Professora de Inglês Ana Lúcia Oliveira Pinheiro e rendeu uma grande parceria. Demais, né? Pra gente entender melhor todas as atividades e não perder nenhum detalhe, pedimos às colegas que escrevessem um relato para nós.
Relato da professora Ana Lúcia Oliveira Pinheiro:
O projeto envolveu a leitura do livro: The Very Hungry Caterpillar de Eric Carle, originalmente em Inglês. Como trata-se de uma leitura lúdica, ao contar a história, usei ilustrações para que não houvesse a necessidade de traduzir o livro todo e também para que os alunos se envolvessem mais.
Com esse projeto foi possível explorar bem o eixo norteador da disciplina de Inglês: a oralidade. Além da oralidade foi possível desenvolver trabalhos individuais e coletivos dentro e fora da sala de aula.
O livro traz a história de um ovo que se transforma numa pequena lagarta. Ela, ao longo da semana alimenta-se de frutas e no final de semana de junk food ou seja, comida não saudável. Ao crescer, ela constrói um casulo (cocoon) e permanece nele por um pouco mais de duas semanas (weeks). Após esse período, ela cavouca um buraco bem pequeno e vai aos poucos empurrando-se para fora dele e ao sair já não era mais uma lagarta, mas sim, uma bela borboleta (beautiful butterfly).
A partir dessa leitura foi possível trabalhar a metamorfose, a importância da alimentação saudável (healthy food) para o crescimento, alimentação não saudável, alimentos que contém muito sódio ou muita gordura ou até mesmo muito açúcar (sugar) e que podem ser consumidos com moderação. O livro aborda também períodos do dia (night, moon, day, warm, sun), adjetivos (big, little, fat, beautiful, hungry) numerais (numbers from 1 to 5) e dias da semana (Sunday, Monday, Tuesday, Wednesday, Thursday, Friday, Saturday).
Após a leitura, foi passado o vídeo narrado e ilustrado do livro, também foram feitas diversas atividades referentes ao tema; entre elas: fotocópias para serem trabalhadas a pintura (colors), os nomes dos alimentos, os dias da semana, atividades para ligar, cartazes coletivos.
A matéria contou com a interdisciplinaridade de outras Professoras que desenvolveram HQs, além de revisarem o conteúdo. Os alunos recolheram diversas Caterpillars que foram alocadas em aquários onde puderam dar continuidade ao seu desenvolvimento e aprenderam que as borboletas só botam seus ovos no mesmo tipo de árvore em que “nasceram”.
Os alunos receberam a proposta da construção de um livro dessa história a partir da recontagem e de ilustrações. A capa do livro foi feita a partir da reutilização de tampinhas de garrafa Pet para compor a Caterpillar.
Foi uma experiência única perceber o envolvimento de todos: Professores e Alunos nesse projeto e vê-lo acontecendo em tempo real.
Muito bom esse relato da Ana Lúcia, gente! ❤ ❤
Agora vamos ver o passo a passo.
1-Identificação da Sequência Didática
1.1-Tema: O ciclo de vida de uma lagarta, seus hábitos e alimentação e a comparação com os hábitos alimentares dos seres humanos.
1.2-Público alvo: A sequência didática foi realizada em quatro terceiros anos, com uma média de 28 alunos em cada turma, sendo que em três salas há alunos especiais. A idade dos alunos varia entre 8 e 9 anos, e em geral, demonstraram bastante interesse pelas atividades propostas.
1.3-Duração: 15 aulas
1.4- Gênero textual abordado: Narrativa
2-Justificativa
A partir da leitura do livro pela professora de inglês, surgiu nas crianças o interesse pela vida da lagarta. Dessa forma, decidi adaptar a história e elaborar essa sequência didática para trabalhar com as crianças conteúdos de ciências e também desenvolver habilidades em língua portuguesa e matemática.
3-Objetivos
3.1-Geral: Além de compreender o modo de vida da lagarta, que as crianças avancem em seus conhecimentos sobre leitura, interpretação e produção de textos.
3.2-Específicos:
a) Compreender e interpretar a história oralmente;
b) Estimular a curiosidade e a criatividade nas crianças;
c) Incentivar o hábito da leitura;
d) Desenvolver a linguagem oral, através do reconto da história (teatralização);
e) Produzir textos escritos a partir da história contada;
4-Área(s) do Conhecimento envolvida(s)
Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Ciências e Matemática.
5- Direitos de aprendizagem envolvidos
Compreender textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e com diferentes propósitos;
Produzir textos de diferentes gêneros com autonomia, atendendo a diferentes finalidades;
Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de escrita, as variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais.
6 – Habilidade(s) da ANA abrangida(s)
EIXO
HABILIDADE
· Leitura
H 6 – Realizar inferências a partir da leitura de textos verbais;
H 8 – Identificar o assunto de um texto;
· Escrita
H 12 – Produzir um texto a partir de uma situação dada;
7-Momentos planejados
1º momento – Leitura da versão em português do livro “The very hungry caterpillar” (A lagarta faminta);
2º momento – Roda de conversa sobre a leitura, as impressões que tiveram e os hábitos da lagarta;
3º momento – Construção coletiva de um quadro com os alimentos saudáveis e não saudáveis consumidos pela lagarta;
4º momento – Produção de cartazes com recortes de folhetos de mercado com alimentos que devem ser consumidos em maior quantidade, e aqueles que devem ser consumidos com menor frequência;
5º momento – Teatralização da história através do reconto, utilizando a imagem da lagarta e a figura dos alimentos consumidos por ela;
6º momento – Vídeo sobre o ciclo de vida da lagarta e registro em desenho;
7º momento – Pesquisa sobre os hábitos da lagarta e confecção de um painel com as informações encontradas.
8º momento – Atividades envolvendo os dias da semana e a quantidade de alimentos consumidos pela lagarta em cada dia;
9º momento – Confecção dos livros reescrevendo a história individualmente, a partir de imagens;
10º momento – Correção e reescrita coletiva da história;
8 – Avaliação
A avaliação foi contínua, e ocorreu durante todo o processo de desenvolvimento da SD, mediante o acompanhamento da participação nas atividades realizadas, bem como das produções individuais, percebendo os avanços na aquisição da leitura e da escrita, e a compreensão do tema trabalhado.
Algumas das atividades usadas pelas professoras nessa sequência didática encontram-se nos sites abaixo:
É com um misto de alegria, expectativa, medo, honra, gratidão e otras cositas más que escrevo este post, de número 100. Quando resolvemos criar um blog dedicado ao ensino e aprendizagem de Ciências nas séries iniciais do ensino fundamental, jamais imaginamos que seríamos capazes de produzir tanto! 😀
Não sei há quanto tempo você nos acompanha por aqui, mas nem eu, nem a professora Janaína somos biólogas… Ela é Pedagoga, eu professora de Português. Em comum? A gente tem amizade, prazer em ensinar e uma imensa, gigantesca… cara de pau…. hahaha! Só assim, pra gente se meter nessa aventura…hahaha! por isso, vamos falar um pouco desses sentimentos todos que nos invadem hoje.
Acontece que temos a gratidão. Somos gratas a todos que nos apoiam diariamente. Aos nossos alunos, claro, sempre em primeiro lugar! Aos gestores das escolas onde já trabalhamos. Aos professores de outras áreas, com quem tanto aprendemos. Aos outros pedagogos das escolas por onde já passamos e de quem já recebemos colaborações aqui no blog.
Quer saber mais sobre posts em que a colaboração de nossos colegas foi decisiva? Você pode olhar aqui, aqui e aqui também!
E sempre tem aquela conversa animada no café da sala dos professores. Sabe aquele “olho no olho”, que acolhe dúvidas, alegrias e apreensões do dia a do professor? Pois é…só quem está no chão da escola sabe o valor de um café e de um sorriso. Ambos aquecem e nos dão coragem pra seguir! ❤
E vejam vocês que semana linda para falar disso, já que no dia 15 comemoramos o nosso dia. Obrigada, colegas!
A honra de fazer esse trabalho vem da convicção que temos de que estamos aproximando jovens alunos da aprendizagem de Ciências de um jeito mais dinâmico, motivador e que pode despertar curiosidade. Aquela vontade de contar pro pessoal em casa tudo que tem feito na escola. Aquela cobrança da molecada pra saber sobre a próxima experiência… Trazer a família pra perto da experiência do conhecimento construído pela criança dá sentido a nossa prática. Adoramos quando os pais comentam o que aprenderam com os pequenos.
E o medo? Ah…esse sentimento é danado de importante… Sabe por quê? É ele que nos dá aquele friozinho na barriga…. Eu morria de medo de criar o blog…. Será que vou saber usar? Publicar? Escolher um design? E as atividades? Será que fazemos essa atividade? Será que dá certo? Será que as crianças vão gostar? Será que as fotos vão ficar boas para publicar? Será que os alunos vão aprender com facilidade? Será que a diretora deixa? A gente já propôs umas atividades bem ~exóticas…hahaha! Tão lembrados dessa? E dessa? Ah! Tem também uma pergunta que a gente se faz de vez em quando…. Será que vai explodir? hahahaha!
Mas, quando trocamos o “será?” por “vamos lá!”, descobrimos cada coisa! Que as crianças aprendem muito mais que imaginamos. Que nosso público aqui no blog tem aumentado sempre. Que a gente ainda não explodiu nada! \o/
O medo é aquilo que mais alimenta a nossa coragem! E reconhecê-lo é o primeiro passo para aprender a conviver e superar os limites. É algo transformador!
A expectativa, quando lançamos o blog, há mais de um ano era… quase nenhuma! hahaha! Já contamos essa história antes, mas se você é novo, saiba que foi em volta de uma mesa entre conversas de temas tão distintos quanto:
“que esmalte é esse?”
“que delícia de bolo, só não pego mais porque vou engordar!” e
“tô achando que meu filho vai repetir o ano”
Sim! Éramos muitas mulheres nesse dia e todos sabemos da nossa capacidade quase infinita de navegar, simultaneamente, sobre os mais diversos assuntos, sem perder nenhum deles, claro! 😀
E agora é só alegria! \o/ Nosso trabalho está aí, no mundão, pra quem quiser ver, comentar, trocar ideias conosco. Nossos alunos também estão mais confiantes e adoram se ver no blog! Querem participar das aulas e também produzirem as imagens. Sim, gente, muito do que vocês veem aqui são fruto do olhar dos nossos alunos que usam nosso equipamento para as fotos. Isso nos enche de orgulho. ❤
E o que falta agora? Faltam as “otras cositas más” …. acharam que eu ia esquecer? 😉
Falta agradecer a você, leitor!!!
Obrigada a cada um que lê. A quem manda perguntas, sugestões. A quem compartilha o nosso conteúdo. A quem comenta com as crianças em casa, quando é um interessado em Ciências. E a quem usa as atividades que propomos na sua sala de aula, quando é professor. Por isso, deixamos pra você um convite: continue nos acompanhando por aqui e passe lá na nossa página do Facebook para mandar fotos das suas aulas, das atividades que você usou, recriou e conte pra gente como foi que você dividiu com os seus alunos a sua (e a nossa) curiosidade e felicidade em ensinar e aprender.
Feliz dia dos vou cobrar toda a matéria na prova Professores! 😀
Hoje trazemos para vocês, mais uma sequência didática. O assunto? A respiração dos insetos. Como sempre, nossas atividades são pensadas para os anos iniciais do ensino fundamental, massssss… achamos que essa atividade pode ser aplicada aos alunos do ciclo III (os sextos e sétimos anos) sem problemas. Vamos chamar professores de outras áreas e mandar essa transdisciplinaridade pra jogo, Brasil!
Vem conferir!
Público Alvo: Alunos do Fundamental I e II
Conteúdos trabalhados: Ciências, Língua Portuguesa e História (quem trabalha com turmas de 6º e 7º ano, não vai encontrar dificuldades de associar esse conteúdo com as aulas de História Antiga).
Texto disparador: A Cigarra e a Formiga
Algumas considerações: Essa história pode ser encontrada reescrita por diversos autores. A versão mais antiga de que se tem notícia é de Esopo que foi contador de fábulas grego, nascido na Trácia (Ásia), do século VI a.C.. Personagem quase mítico, sabe-se que foi um escravo libertado pelo seu último senhor, o filósofo (Xanto). É interessante neste trabalho trazer algumas versões da fábula e também algumas lendas sobre a Cigarra.
Textos que podem ser usados:
A Cigarra e a Formiga – Fábula de ESOPO
Num belo dia inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de comidas. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado molhados. De repente aparece uma cigarra:
-Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de comida!
As formigas pararam de trabalhar, coisas que era contra seus princípios, e perguntaram:
-Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?
Falou a cigarra:
-Para falar a verdade, não tive tempo. Passei o verão todo cantando!
Falaram as formigas:
-Bom, se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno dançando? E voltaram para o trabalho dando risadas.
Moral da história: Os preguiçosos colhem o que merecem.
Vale a pena dar uma olhadinha nesse site, explicando a lenda sobre as cigarras cantarem até estourar.
Já este link aqui traz várias lendas e para esta atividade, é interessante a leitura apenas do trecho “A música, a Poesia, a Dança e o Drama”, que fala das cigarras. É interessante notarmos as diversas possibilidades que os textos sugerem.
Com estas atividades introdutórias, já é hora de por a mão na massa. Vamos lá!
1ª Etapa:
Atividade introdutória à recepção do texto
O professor pergunta as crianças se conhecem os textos em questão, e lê os diversos tipos de texto. Na segunda vez convida as crianças a contarem a história na versão que conheciam já na terceira vez pede um reconto dos textos lidos .
A seguir o professor faz algumas perguntas investigativas na roda de conversa:
O que é uma cigarra e uma formiga?
Para que servem?
Você já ouviu o canto da cigarra, as formigas cantam também?
Você conhece um formigueiro? Sabe como ele é por dentro?
2ª Etapa
Leitura compreensiva e interpretativa do texto
O professor propõe a reescrita da história, oferecendo a eles diversas atividades para auxiliar na fruição da escrita, aqui aproveite a atividade para sua turma de acordo com a faixa etária.
Você ainda pode trabalhar com mais atividades que envolvam escrita. Nós encontramos aqui e aqui atividades bastante criativas.
Na continuação das atividades, o professor pode ser o escriba e toda a turma participar da criação de um texto coletivo, esta ação ajuda na parte da compreensão das crianças em relação a pontuação, estruturação de texto e coerência.
Para ajudar a turminha, o professor pode fazer alguns questionamentos:
Por que a cigarra não trabalhava?
Qual era a preocupação das formigas?
A cigarra tinha companheiras?
Ou, se preferir, o professor pode usar algumas atividades de interpretação prontas que também encontramos nas nossas pesquisas e deixamos aqui os links para você conhecer outros trabalhos sobre o tema.
Destacamos o blog fonte desta imagem que você aqui em cima. Se o professor quiser elaborar atividades específicas sobre formigas, vai encontrar ótimas ideias e informações.
A partir deste ponto, entramos com o questionamento sobre a respiração. Como os insetos respiram se não tem nariz?
Sempre ouvimos que quem canta bem tem bons pulmões, mas e agora? Se o inseto não tem nariz provavelmente também não tem pulmão.
Os nossos pequenos amiguinhos usam o abdome (corpo) pois ele possui uma série de furinhos chamados de sistema traqueal, para realizar a troca gases. O ar entra por esses tubinhos, que ficam na lateral do corpo. Essas estruturas são chamadas de espiráculos e o ar é levado pelo corpo pelo sistema traqueal. Cada tubo traqueal termina em uma célula responsável pela troca de gases com outras células do corpo.
Se for possível conseguir algum inseto de porte médio ou grande, por favor que já se encontre morto. Não queremos promover a matança só para nosso conhecimento!! Lembramos que, nessa época, é muito fácil encontrarmos cigarras, para criar uma ficha de observação. Também achamos esse site aqui, do qual você pode imprimir a ficha abaixo.
É interessante ter lupas para que as crianças possam olhar mais de perto o inseto. Ou, se não tiver lupas em número suficiente, apenas um celular com uma boa resolução também ajuda e muito.
5º Etapa
Conclusão
É interessante fazer um comparativo da estrutura do corpo dos dois insetos. A turma pode produzir um pequeno relato, uma espécie de diário de bordo, com tudo o que foi aprendido ao longo das aulas. Além disso, ainda é possível realizar a montagem de um livro ilustrado com as reescritas dos alunos. E os alunos podem ser “professores” de outros alunos, encenando a história para outras salas. Tudo depende da nossa imaginação. E, dependendo do tempo disponível e da organização da sua escola, você pode montar uma exposição com a apresentação de como os insetos respiram e a construção de uma pequena fazenda de formigas. Para ajudar, deixamos este site como ponto de partida das suas pesquisas.
É isso aí! Gostaram? Deixe seus comentários e sugestões sobre esta e outras atividades que você viu por aqui. Vamos continuar juntos, Pensando Ciências!
Nós continuamos nossas pesquisas com a experiência que realizamos com nossas turmas do quarto ano do ensino fundamental, no Laboratório de Ciências. Agora, nossa tentativa é de acabar com as colônias de bactérias e fungos do nosso último experimento.
No último post contamos para vocês que tínhamos colocados alguns produtos encontrados na escola para provarmos a existência de bactérias na cultura que criamos, esperamos por um sinal, um halo de inibição, porém… nada aconteceu. 😦
Só que nossos alunos são persistentes e Pensadoresde Ciências muito criativos e surgiu a ideia de usarmos produtos bem mais poderosos, pois acreditamos que os que são comprados para uso da escola sofrem diluição para não causar alergias ou intoxicações.
Decidimos investigar o armário de produtos químicos do Laboratório de Ciências da escola, lá encontramos:
Aproveitamos para anotar todos os produtos vencidos e encaminhar o pedido de reposição à direção. Agora é só aguardar.
Enquanto isso, por se tratarem de produtos fortes e, como dissemos, alguns deles fora do prazo de validade, não permitimos que os alunos manuseassem nenhum componente dessa experiência. Prevenção é tudo!
O Ácido Clorídrico é uma solução ácida e que pode causar queimaduras, devendo ser manuseado apenas por adultos e sempre com uso de luvas. É o mesmo ácido que o corpo humano fabrica no processo digestório, o P.A. que você viu no rótulo, aí na foto, vem de pureza analítica.
Já o Hipoclorito de Sódio é usado como desinfetante, sendo também distribuído em postos de saúde para purificar a água para nosso consumo. O hipoclorito de sódio é conhecido popularmente como água sanitária, que é vendida em solução de 2,0 a 2,5%. A solução que estava em nosso laboratório tem 5% de concentração. Vamos ver o que ela é capaz de fazer.
O Hidróxido de Amônio (Amoníaco Líquido) é encontrado em produtos de limpeza nos quais é utilizado o amoníaco. Ele é um ótimo complemento na limpeza doméstica e além de tudo não é poluente.
O Detergente Neutro é um grande auxiliar na remoção de impurezas, possibilita um melhor contato entre as partículas de sujeira e de água. A sujeira, na maioria das vezes, está rodeada por uma película gordurosa. Com o uso do detergente, as suas moléculas acabam eliminando essa camada de gordura, depositando-a na água, onde ela irá flutuar, podendo assim então retirar com mais facilidade a sujeira.
O álcool benzílico ou fenilmetanol, é o álcool mais simples da série aromática. Este encontra-se livre na natureza, por exemplo, na essência de jasmim e na essência de cravo. É um líquido incolor e aromático, usado principalmente como solvente.
Lugol Forte, conhecido por suas propriedades de desinfetante e antisséptico.
Sugerimos aos professores que queiram fazer esse tipo de experiência com os alunos que incluam no seu trabalho uma etapa de pesquisa sobre essas substâncias e seus usos mais comuns. Assim, a turminha aprende ainda mais.
Preparamos tudo o que íamos usar: papel filtro, conta-gotas, luvas e uma distância segura para a turminha.
Começamos, então, nosso “novo-velho” experimento.
Ao colocarmos o primeiro produto, o ácido clorídrico, digamos que foi assim… uma loucura!!!!!
Uma nuvem de fumaça branca subiu e sentimos o cheiro da reação química no mesmo momento. Ainda bem que a turminha estava a uma distância segura e nosso laboratório é bem ventilado. Também avisamos que, se necessário, algum aluno que se sentisse incomodado com algum cheiro, poderia deixar o laboratório e retornar alguns minutos depois. Nós já prevíamos algum acontecimento inusitado.
A fumaça durou apenas alguns instantes. Continuamos o experimento, utilizando as demais substâncias. Chegamos ao último produto e já podíamos ver as primeiras reações.
A solução 47, é o Hipoclorito de Sódio 5%. Notamos um clareamento na cultura na região onde foi colocado o papel filtro.
Também houve alteração na região onde foi colocado o detergente neutro, solução 56. A espuma surgiu no mesmo momento e o meio de cultura começou a clarear.
E o último local a apresentar modificação foi a do Lugol. Também notamos o início do clareamento na cultura.
E a criançada foi tirar suas conclusões:
E qual foi a conclusão a que nossa turma chegou? Que o melhor sempre é o bom e famoso sabão.
A reação do detergente neutro foi a que mais impressionou, pois fez espuma e começou a clarear, sugerindo uma ação mais eficiente no combate aos fungos e bactérias da cultura. E os alunos imediatamente já lembraram do que dizemos a eles quando acontece algum ferimento: água e sabão. Lembraram também do que discutimos inúmeras vezes em sala de aula e até já mostramos aqui. Isto quer dizer que se lembraram da importância dos bons hábitos de higiene. Entre eles, lavar sempre as mãos. Falando nisso…
Depois de brincar no chão de areia a tarde inteira
Antes de comer, beber, lamber, pegar na mamadeira
Lava uma (mão), lava outra (mão)
Lava uma, lava outra (mão)
Lava uma
A doença vai embora junto com a sujeira
Verme, bactéria, mando embora embaixo da torneira
Água uma, água outra
Água uma (mão), água outra
Água uma…”
É Arnaldo, só faltou o sabão. rsrsrs
Foi um dia bem divertido no Laboratório de Ciências. Esperamos que você tenha gostado desta experiência e que esteja bem animado para fazer a sua própria cultura de fungos e bactérias! Se fizer algo parecido, que tal mandar fotos ou vídeos na nossa página no Facebook? Estamos te esperando!
Lembram aqui no nosso penúltimo post? Aquele que falava de microrganismos? Os 3 dias se passaram e fomos verificar nossa experiência e vejam só o que encontramos.
Olha a cara do pessoal com a novidade…
Além das bactérias, presentes pela quantidade de material orgânico e dos fungos que apareceram, pois estão em um meio propício com umidade e pouca luz, também sentimos um forte cheiro, resultante de um fungo chamado Candida albicans, que está entre os muitos organismos que vivem na boca e no sistema digestório do nosso corpo. Em circunstâncias normais, a Candida albicans pode ser encontrada em 80% da população sem que cause problemas a saúde.
E agora, o que fazer com esse material tão interessante?
Vamos tentar provar a existência das bactérias com ajuda de alguns produtos que podem ser bactericidas. Separamos, água sanitária, enxaguante bucal, desinfetante, álcool, vinagre e desengordurante.
Para evitarmos problemas de contaminação e ajudar na manipulação dos produtos, usamos uma pinça e papel filtro, que é muito parecido com o filtro de café que você usa em casa.
As iniciais dos produtos foram anotadas nos círculos de papel para a identificação.
Agora, vamos aguardar para ver a reação dos materiais que colocamos em nossa cultura…
Nossa observação se dará para ver se surgirá em volta de cada papel um halo de inibição, que vai nos mostrar a atividade antimicrobiana (halo de inibição é um círculo que se formará em torno do papel mostrando que não há mais crescimento microbiano), no nosso caso, atividade bacteriana.
O que será que vamos encontrar quando retornarmos às amostras? Estão curiosos? Nós também! Continue ligadinho aqui no blog e acompanhe as cenas dos próximos capítulos próximas etapas desta investigação. E se você já fez algo parecido, que tal compartilhar conosco as suas descobertas?
Parece que o post de hoje tá meio “ousadia e alegria” né? rsrsrs…. Mas, calma lá que vamos explicar para você mais uma sequência didática para os anos iniciais do ensino fundamental. A sequência de hoje diz respeito a um pequeno ser, a abelha, discriminada por muitos, mas de valor inestimável para outros e para o planeta, de modo geral. Daí, o título “atrevido” do post. 😀
Esses insetos pequenos no tamanho, mas de uma importância gigante para toda a vida na Terra. Sem as abelhas, não perderíamos só o mel e os produtos agrícolas. A produção de animais para consumo sofreria grandes perdas, já que estes animais são herbívoros. A vida selvagem de uma forma geral também sofreria sem elas: a vegetação seria drasticamente reduzida e, assim, a vida em geral.
Mas, o que um ser tãããão pequeno pode fazer pelo planeta?
A abelha é responsável pela polinização e o transporte de pólen. É com a polinização que temos a fecundação das flores e, consequentemente, os frutos e sementes que garantem a sobrevivência das espécies vegetais. A polinização também ocorre com a água, o vento e mesmo com outros animais, como borboletas e beija-flores. No entanto, é por meio das abelhas que esse trabalho da natureza se dá “por excelência”. Isso porque nossas amigas são velozes e donas de um voo em ziguezague. Além da especificidade do seu voo, as abelhas são animais sociais e com a consolidação da colônia, são capazes, depois de certo tempo de observar, com precisão, as melhores horas do dia para a coleta de pólen das flores próximas à colmeia.
Confira a nossa sequência e observe que ela pode ser adaptada para diferentes faixas etárias.
Tema: Meio Ambiente
Conteúdos participantes: Ciências, Português e Artes.
Usaremos como tema disparador o filme “BEE MOVE A História de uma Abelha”
O filme trata do incômodo de uma abelha com a perspectiva de passar a vida fabricando mel, ela decide viajar para fora da colmeia, com outras abelhas que colhem o néctar. Ao descobrir que a raça humana coleta o mel e o vende, o personagem principal decide processar toda a humanidade. O filme não só ensina todo o processo de polinização e as relações entre fauna e flora, mas também a importância que as flores têm para o andamento da colmeia, e mostra também a complexa estrutura social dentro da mesma.
Atividade introdutória à recepção do texto (filme)
Iniciamos com uma roda de conversa após o a apresentação do filme e assim verificarmos os conhecimentos prévios dos alunos, apresentamos as informações sobre a colmeia, e a importância das abelhas para nossa casa, o Planeta Terra.
É importante destacar as cenas que mostram a polinização, a produção de mel, da estrutura social das colmeias e como cada abelha tem a sua função dentro do processo.
Se necessário exiba novamente os trechos do filme onde aparecem os assuntos em destaque no parágrafo acima pode-se também apresentar outros materiais de consulta, como livros e revistas para que pesquisem sobre o assunto e discutam coletivamente. Pergunte que tipo de recursos as flores têm para atrair os polinizadores, lembrando que além das abelhas existem outros animais que também podem realizar o processo, de que forma esses polinizadores realizam a reprodução nas plantas e o que as abelhas procuram nas flores.
2ª Etapa
Leitura compreensiva e interpretativa do texto
Algumas perguntas são disparadas:
O filme conta a história de que personagem?
Como ele vive?
Onde mora?
Como é o trabalho dele?
Ele ganha alguma coisa para realizar o trabalho?
O que as abelhas fazem com as flores?
Qual o nome do pó que fica preso ao corpo da abelha?
Nesta etapa, o professor pode identificar e realizar as perguntas que achar pertinente para a idade dos alunos. É interessante também um pequeno estudo do meio na escola para identificar possíveis colmeias.
O destaque para a anatomia do corpo do inseto pode ser feito nessa etapa. Também o ciclo de vida pode ser demonstrado. Recomendamos que o professor traga diversas ilustrações para que os alunos possam compreender melhor os pequenos insetos.
O professor pode aproveitar esse momento e explorar o laboratório de informática da escola. Pesquisas em sites para desmistificação do perigo das abelhas, mostrar para aos alunos que existem abelhas sem ferrão e que podem ser cultivadas em casa ajuda a “tirar o medo” das nossas amigas do “corpinho listrado”. É possível encontrar bons materiais aqui e aqui.
No nosso canal do YouTube, reunimos vários conteúdos que podem ser aproveitados para complementar o que falamos nessa sequência. Clica lá!
Trazemos aqui algumas atividades que pesquisamos em sites diversos. Você pode clicar nos links que deixamos abaixo das imagens e também descobrir muitos outros!
Mobilização de uma campanha de proteção para as abelhas, com confecção de faixas e cartazes. As crianças podem dar uma volta no bairro explicando a comunidade sobre o que aprenderam e como as abelhas são importantes para nossas vidas.
Resolvemos montar essa sequência, pois tivemos uma surpresa: nossos alunos também desconheciam a importância desses insetos fantásticos e acabaram por destruir uma colmeia.
Levaram um tremendo susto! Ainda bem que era abelha sem ferrão, e só levaram umas beliscadinhas, já pensou o estrago???
E vocês? Estão prontos para uma criação de abelhas? Já pensaram que delícia colher o próprio mel e ainda ajudar a natureza? E vamos encerrar o post de hoje com os versos desta música, sucesso nos anos 80, do personagem Fofão, criação do saudoso artista Orival Pessini.
“…Pra que cada criança não tenha só lembrança
Da imagem de uma flor…”
Guerra Nas Estrelas
Compositor: Orival Pessini/ Neil Bernardes/ Terry Winter
Hoje vamos falar de um assunto que “quase ninguém vê”, os micro-organismos, ou, microrganismos. A experiência que trazemos hoje é sobre vírus, bactérias e fungos.
Nossos quartos anos do ensino fundamental avançaram com os conteúdos e estamos agora estudando os microrganismos e suas relações com os seres humanos.
Iniciamos contando para as turmas que os microrganismos são seres unicelulares, isto é, de uma única célula, e que, portanto, não podem ser vistos a olho nu, sendo visíveis apenas com uso de microscópios.
Logo depois falamos dos vírus, que são, praticamente, parasitas celulares, pois necessitam de outra célula viva para sobreviver, podem atacar animais, vegetais e bactérias. Esse assunto não era novidade para os alunos, pois conversamos sobre os vírus quando falamos de vacinas, alimentação e vitaminas.
Você também já viu microrganismos no blog aqui e aqui.
Na sequência, falamos das bactérias, estes seres microscópicos estão presentes em toda a parte, até mesmo no nosso corpo ajudando o sistema excretor, presentes também em alguns alimentos e remédios. Essa variedade de formas em que podemos encontrar as bactérias chamou a atenção dos nossos alunos. Resolvemos, então, fazer um pequeno experimento, um cultivo de bactérias.
O objetivo dessa experiência é mostrar a existência de bactérias e como elas contaminam o meio de cultura.
Para isso usamos:
Gelatina sem sabor
Caldo de carne
Cotonetes
Água para dissolver o caldo e a gelatina
2 placas de petri, esse material transparente que você vê na foto. Se você não tiver, pode usar duas tampas de maionese.
Os alunos devem passar o cotonete no chão ou entre os dentes, ou ainda entre os dedos dos pés (de preferência depois de eles ficarem por um bom tempo fechados dentro dos tênis e meias). Existem outras opções, como usar as mãos sujas ou uma nota de dinheiro. O cotonete é esfregado levemente sobre o meio de cultura para contaminá-lo. Tampe as placas de petri ou envolva as tampas de maionese com filme plástico. Depois de três dias, observe as alterações.
Após prepararmos os meios de cultura, era hora de colher as bactérias para a reprodução.
As bactérias coletadas foram colocadas no meio de cultura através dos cotonetes.
Agora estamos aguardando nosso “milagre particular da multiplicação”. São 3 dias de espera para o próximo capítulo. Estamos na expectativa. E você? Já fez experiências semelhantes na sua escola? Se ainda não fez, queremos saber o que você acha dessas atividades em sala de aula.
Por enquanto, acompanhe o desenrolar desta aventura com a nossa turminha.
No post de hoje, vamos falar de uma coisa que amamos: estudo do meio! \o/ Para nós, uma visita é sempre uma grande oportunidade de vivermos o aprendizado com nossos alunos. Quando a sala de aula está “na rua”, tudo parece ser mais fácil, e as atividades pedagógicas propostas ganham mais sentido. Com os anos iniciais do ensino fundamental, então…tudo fica ainda mais divertido. E você é nosso convidado para mais um Pensando Ciências Visita. Vem!
Nossas turmas dos 5º anos foram realizar uma aula diferente, um estudo do meio. Aproveitamos que está acontecendo a 11ª Primavera dos Museus e agendamos uma visita mediada no Museu Exploratório de Ciências que fica dentro UNICAMP. Olha o site do museu aqui.
Lá pudemos observar duas exposições diferentes:
Cor da Luz: O código das cores, onde os alunos aprenderam como as imagens são formadas através das cores, possibilitando que nós a vejamos como elas realmente são. Vimos também algumas ilusões de ótica que enganam o sistema visual humano fazendo com que vejamos coisas que não existem, de fato.
Os dois cubos tem cores iguais?
Vemos variações de tons nos cubos, mas continuamos dando o mesmo nome para as pastilhas. O especial é que os quadrados azuis na parte superior do cubo da esquerda e os amarelos na direita, são da mesma cor: cinza.
Entramos na sala da Alice, uma sala mágica, onde as cores desaparecem e as figuras mudam com a luz.
Já na exposição permanente, Praça Tempo e Espaço, as crianças verificaram alguns conhecimentos adquiridos em sala e também conheceram e aprenderam coisas novas.
A primeira coisa que notamos foi um grande Globo Terrestre que é utilizado para leituras solares, estações do ano, dia e noite etc.
Os antigos egípcios fizeram os primeiros relógios de sol por volta de 3500 a.C.
Aqui, verificamos que o campo da bússola magnética responde ao um campo magnético externo, ou seja, ao campo magnético da terra.
Até aí a gente já conhecia, mas apareceram umas coisas diferentes…
O praxinoscópio, é um mecanismo que cria efeito de movimento a partir de imagens paradas e pode ser considerado um dos precursores do cinema. Com ele os pesquisadores conseguem observar o movimento do sol ao longo do ano e do dia e tantas outras coisas relacionadas.
Os alunos puderam brincar e constatar alguns conceitos de física, como o período de oscilação do pêndulo simples.
E você já conhecia esse museu?
Foi a primeira vez que estivemos lá e adoramos, pois pudemos interagir com as exposições. É sempre bom também, além de Pensar poder brincar com a Ciências. 😉
Conta pra gente sobre alguma exposição ou museu que você gostou de conhecer. Tem algum museu que você gostaria de recomendar? Deixe aí nos comentários!
Blog com o objetivo de conectar alunos e professores para debater questões, experimentos e assuntos ligados aos estudos de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental.